Cancioneiro Açoreano #3
Hoje, apresento-vos o poema "Maré e Natividade", um original de Aníbal Raposo, músico e compositor natural da ilha de São Miguel.
Sempre que me sinto mais vazia e necessito de um porto de abrigo, refugio-me na sua melodia. Ouço-a, fico mais quente, mais cheia e mais feliz.
O meu amor é como o mar revolto...
Sendo tu o porto
Em que me abrigo após
Cada tormenta nesta lida
Lenta que começa ao despertar
Às vezes não te vou mentir
Eu sinto a febre de partir
Mas ao pensar em ti
Ao ver a luz do teu olhar
Não sei porquê
Acabo por ficar
O meu amor é um abandono
Tão suave como a luz do Outono
Mistura de tristeza e de alegria
Tu és pra mim
Assim como o romper de um novo dia
Às vezes só por um instante
Pressinto-te distante
Mas logo um beijo doce
Um breve abraço
Dois segredosAfastam para longe
Estes meus medos