Feliz Natal
Ontem a noite foi de festa à volta da mesa e na companhia dos papás do maridão.
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Ontem a noite foi de festa à volta da mesa e na companhia dos papás do maridão.
Quando o livro foi publicado, após ter ganho o Prémio Leya 2011, estive em vias de o comprar. Não o fiz. Depois, na Feira do Livro de Lisboa do mesmo ano, o autor estava presente para autografar o livro, estive para comprá-lo, mas não o fiz. A fila era enorme, o dia estava muito quente, a feira estava impossível de se aturar. Há algumas semanas atrás, andava a espreitar as prateleiras da FNAC do Colombo e encontrei uma edição de bolso por 7,50€ e trouxe-o para casa e, agora que virei a última página, só tenho uma coisa a dizer: este livro já devia fazer parte da minha biblioteca há mais tempo.
Este é um daqueles livros que, quando viramos a última página, respiramos fundo e temos uma vontade enorme de voltar à primeira página e relê-lo.´
Foi assim comigo e julgo que será com a maior parte dos seus leitores. É que é mesmo bom!
Sinopse:
Tudo começa com um homem saindo de casa, armado, numa madrugada fria. Mas do que o move só saberemos quase no fim, por uma carta escrita de outro continente. Ou talvez nem aí. Parece, afinal, mais importante a história do doutor Augusto Mendes, o médico que o tratou quarenta anos antes, quando lho levaram ao consultório muito ferido. Ou do seu filho António, que fez duas comissões em África e conheceu a madrinha de guerra numa livraria. Ou mesmo do neto, Duarte, que um dia andou de bicicleta nu.
Através de episódios aparentemente autónomos - e tendo como ponto de partida a Revolução de 1974 -, este romance constrói a história de uma família marcada pelos longos anos da ditadura, pela repressão política, pela Guerra Colonial.
Duarte, cuja infância se desenrola já sob os auspícios de Abril, cresce envolto nessas memórias alheias - muitas vezes traumáticas, muitas vezes obscuras - que formam uma espécie de trama onde um qualquer segredo se esconde. Dotado de enorme talento, pianista precoce e prodigioso, afigura-se como o elemento capaz de suscitar todas as esperanças. Mas terá a sua arte essa capacidade redentora, ou revelar-se-á, ela própria, lugar propício a novos e inesperados conflitos?
Esta é uma obra fascinante com uma estrutura exemplar, que valeu ao autor a Prémio Leya em 2011 e conta com traduções em vários países.
Depois de ter acabado, estou em estado de book hangover