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The Nameless Blog

Já foi “Som das Letras” e um narcisista “Blogue da Paula”. Foi um prolongamento da eterna ínsula, tendo sido denominado como “Ilha Paula”. Hoje, é um blogue sem nome para que seja aquilo que sempre foi: um blogue sobre tudo e nada.

The Nameless Blog

Já foi “Som das Letras” e um narcisista “Blogue da Paula”. Foi um prolongamento da eterna ínsula, tendo sido denominado como “Ilha Paula”. Hoje, é um blogue sem nome para que seja aquilo que sempre foi: um blogue sobre tudo e nada.

Amor, leva-me a ver o mar

Deixei a Ilha em Setembro de 2006. Com um bilhete sem regresso, parti do berço e rumei ao continente em busca de sonhos mais altos que, à época, eram impossíveis por lá.

 

Os meus primeiros tempos por cá foram de descoberta da cidade que adoptei e que me adoptou e de procura de emprego que, à época, era coisa fácil. Em menos de 1 mês estava empregada na minha área de sempre, mas não a área de formação. Reiniciei a minha carreira e começou a rotina casa-trabalho-casa.

 

Meses depois de estar cá e sempre nesta lufa-lufa profissional, pedi ao namorado e agora marido que me levasse a ver o mar. Tinha saudades do seu cheiro e de o ouvir.

Era fim-de-semana e estávamos os dois em casa. Ele levou-me até Cascais e lembro-me de ter ficado tão desapontada quando chegamos ao destino.

 

O mar não tinha o mesmo azul e o mar não cheirava a mar.

Precisava de ver o meu mar para me sentir verdadeiramente preenchida e é por este motivo que, sempre que volto à Ilha, o mar é o que procuro depois de estar com a família. É sentada junto a ele que me renovo e busco forças; é a olhar para ele que reflito; é a ouvi-lo que me acalmo.

 

Hoje, a Diana Rocha publicou na sua página pessoal de Facebook estas 3 fotos e, depois de me ter teletransportado telepaticamente para a Ilha, pedi a sua autorização para utilizar as fotos aqui no blogue.

Este azul é demasiadamente profundo e intenso para não ser partilhado.

 

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Meus Açores, meus amores.

 

Carnaval na ilha

Quando se fala em Carnaval, a frase que vem mais rapidamente à cabeça é "cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso." Talvez por esta razão - do seu a seu dono - deixei de festejar o Carnaval desde que me mudei para a capital. Aceito os diferentes gostos e formas de se festejar esta data, porém não consigo me identificar com as carnavalices continentais onde, na maior parte dos locais, é uma adaptação barata (e fria, bem mais fria) do Carnaval que se vê e se sente em terras de Vera Cruz. E, como seu blogue é, como se lê na sua descrição, uma extensão da minha ilha, aproveito o tempo de antena para vos dar a conhecer como se comemora o Carmaval na minha ilha - São Miguel.

 

Se bem que, ultimamente, existem outras festas que estão, passo a passo, a abafar o Grande Baile de Carnaval do Coliseu Micaelense, quer seja pelo preço absurdo do bilhete, quer seja pela indumentária mais formal, é mesmo desta grande tradição da sociedade micaelense que vou falar: do Grande Baile de Carnaval do Coliseu Micaelense. À hora que escrevo este post, a sala já deve estar composta, porém ligeiramente aquém da enchente de foliões que irão encher a pista e que irão dançar até que os primeiros raios do sol desvendam a noite que diz estar fechada (a série de voos cancelados a caminho da ilha têm sido uma constante durante o dia de hoje). Elas com os seus vestidos de gala, eles de smoking; ambos acompanhados com cestas enfeitadas e repletas de bebida e de comida suficientes para aguentarem a noite.

 

A abertura oficial do Baile é feita, como não poderia deixar de ser, com uma valsa. O professor Luís Arruda - um habitué nestas andanças - escolhe uma das suas alunas de Danças de Salão e é vê-lo a repodiar pela pista ao som dos clássicos deste género musical. Depois, timidamente, um ou outro casal aventura-se e acompanha o casal mais profissional com os seus passos. Aos poucos, a pista enche-se; a vergonha é esquecida; o não saber dançar valsa não é desculpa por não se atirar à pista e dar uns passinhos para a esquerda e outros para a direita. O Baile está a começar:

Depois? Depois é a loucura!

Começam os primeiros acordes dos clássicos carnavalescos, com medleys conhecidos por todos e cantarolados em coro pela multidão. A pista torna-se demasiado pequena para todos os que compravam o seu bilhete para festejar o Carnaval no Coliseu Micaelense. Mas não há qualquer problema, já que tudo o que é espaço livre é espaço dançável: camarotes, escadas, hall, corredores (até as casas-de-banho ou a fila de espera para chegar até lá são locais válidos para se dançar ao som do meu amigo Charlie Brown).

 O dia acordou. Os raios do Sol iniciam a desvendar a noite. A festa continua até ao momento que alguém sobe ao palco e diz "Meus amigos, por este ano acabou. Vamos todos para casa e cá vos espero para o próximo ano." A sala, antes em silêncio, aplaude e, serena e ordeiramente, os foliões saem do Coliseu - uns mais tombados do que outros - ainda a cantarolarem a música que mais os marcou na noite que agora terminou. Uns vão direitinhos para casa; outros ainda têm forças e vão tomar o pequeno-almoço ao Mascote ou ao Royal; uns ainda deixam-se ficar sentados nos degraus da Igreja Matriz em amena cavaqueira e com os últimos prepartivos para a segunda parte da festa: a Batalha de água.

 

Mas, paremos por aqui, a Batalha de Água será assunto para futuras núpcias.

 

Em bom rigor, devo informar que a parte final deste texto poderá não estar muito perto da realidade. Como já não frequente o Coliseu Micalense há mais de dez anos, não posso garantir que ainda há alguém que sobe ao palco e diz a frase que tentei reproduzir acima, como também não posso garantir que os foliões vão tomar o pequeno-almoço ao locais mais tradicionais do centro histórico da cidade.

No meu tempo a coisa funcionava da forma que descrevi e é assim que eu quero recordar o Grande Baile do Coliseu Micaelense, mesmo sabendo que há a forte probabilidade da coisa estar deveras diferente e ser este o motivo que muitos dos foliões da minha altura preferirem o Baile "Verde e Amarelo", que acontece na Vila da Povoação.

Curtas & Boas #1

O tempo foge entre os dedos; os dias passam por nós numa velocidade alucinante; não conseguimos chegar a todas as frentes e, assim, há tanta coisa que queria partilhar convosco, mas não consigo em tempo útil.

Algumas das “curtas e boas” que escrevo hoje já são do conhecimento de muitos de vocês, pelo que não haverá o factor-surpresa. Mesmo assim, deixo o alerta para os mais distraídos:

 

  1. Portugal é capa da revista “National Geographic Traveler”

 

Com o título “Discover the old world made new again”, o nosso país fez capa do número de Agosto/Setembro da revista de viagens mais lida do mundo.

O artigo, assinado por Janelle Nanos – antiga editora da Traveler e actual editora da Boston Magazine – convida os leitores a descobrirem Portugal, sublinhando que este país é feito para viajantes.

 

Num registo pessoal e intimista, numa verdadeira “road trip”, Janelle Nanos apresenta uma boa parte do país, iniciando o seu percurso em Lisboa, passando por Setúbal, Tróia, Comporta, Sines, uma boa parte da Costa Vicentina, tendo como meta Sagres.

O norte foi, desta vez, esquecido. Porém, quero acreditar que este artigo trará muito sucesso ao turismo do nosso país e fará com que Janelle Nanos (ou outro jornalista) venha descobrir o resto do país e faça mais um artigo altamente publicitário do nosso país e do que temos para oferecer.

 

Mais informações sobre o assunto, podem visitar o site oficial da revista. Basta clicar aqui.

 

  1. Uma praia chegou à cidade

 

Farto das horas perdidas nas filas de trânsito para chegar às praias? Farto de andar à procura de estacionamento, de praias a abarrotar de gente, de putos aos gritos?

Não consegue sair da cama quase de madrugada, de forma a conseguir fugir às questões colocadas acima?

 

Não se preocupe! Há uma solução! Se você não consegue ir até à praia, a praia vem até si.

Visite o transformado Jardim do Torel, em plena baixa da cidade de Lisboa, onde encontrará espaço para estender a sua toalha e, caso o Sol se digne a aparecer, bronzear-se, à beira da piscina que, com alguma imaginação e sentido de humor, poderá fazer com que ache que está realmente numa praia.

 

Com excelente localização, deixe o seu carro à porta de casa e apanhe um autocarro. Não se stresse! Vá e deixe-se ficar. Lá encontrará as famosas Bolas de Berlim, nadadores-salvadores (Baywatch Men), muita animação com a ajuda das actuações de DJ’s, cinema ao ar livre a, imagine, areia!!!

 

No entanto, nem tudo é um mar de rosas!

A organização alerta para a lotação máxima do espaço dentro da piscina – 50 pessoas. Se não quer ser a 51.ª e sentir-se uma sardinha enlatada, deixe a piscina para mais tarde e vá até ao terraço ou dê um passeio pelo jardim. Contabilizando toda a área, terá espaço mais que suficiente para dar largas à sua curiosidade.

 

A partir de hoje e durante todo o mês de Agosto, o Jardim do Torel transformado em praia, estará aberto das 10h00 às 20h00, alargando um pouco mais os horários durante os fins-de-semana e feriados, com muitas música, aulas de shiatsu, body balance e sessões de cinema a partir das 21h00.

 

O acesso à “praia” poderá ser feita tanto pelo ascensor do Lavra, como a partir do Campo Mártires da Pátria.

 

Encontramo-nos por lá?

 

  1. Red Bull Cliff Diving World Series 2014

 

No passado dia 26 de Julho e, pelo terceiro ano consecutivo, a Red Bull Cliff Diving voltou ao mar dos Açores, mais concretamente ao Ilhéu de Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel.

 

Como estou a viver no continente há cerca de 7 anos e, desde então, não tenho conseguido tirar férias no período de Junho a Agosto (Ossos do Ofício), tenho perdido imensas coisas fantásticas que acontecem naquelas ilhas e esta é apenas uma delas.

 

Deliro ao ver aqueles homens desafiarem a lei da gravidade, ao atirarem-se do alto do rochedo para mar alto. A Red Bull dá-lhes asas!!!

 

Uma garantia?

O espectáculo vai regressar ao mar dos Açores até, pelo menos 2016, segundo o Secretário Regional dos Transportes e Turismo – Vítor Fraga.

 

Vai umas férias até à ilha?