Diz que foi uma espécie de lua-de-mel #3
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Regra geral, quando uma semana começa mal, o seu fim é igualmente mau.
Não sei se foi por ser a última semana antes de partir de férias ou se foi devido à ansiedade que tenho vivido nos últimos tempos ou, até mesmo, se os astros se reuniram para conspirarem contra mim, mas esta foi uma semana dolorosamente custosa para se passar.
Ora vejam:
Segunda-feira
No início, foi uma segunda-feira diferente, uma vez que, estando de folga, tive a oportunidade de dormir um pouco mais, visto que, o que tinha para fazer, poderia ser tratado só de tarde.
Depois de uma manhã calma, chegou o caos.
Fui contactada pela Aldo Sapataria, do Loures Shopping, a informarem que os sapatos que tinha encomendo na semana passada não existiam. Ao que parece, houve um erro de sistema (o sistema! Sempre o maldito sistema a tramar o mundo) e, ao contrário do que dizia, não havia qualquer par com o meu número em stock. No entanto, o sistema dizia haver um meio número abaixo (nem sabia que havia meios-números em sapatos … só na América) e que iam ver se seria possível fazer o pedido.
Esperei o dia todo. Quase à hora do shopping fechar, informam que não será possível. Lamentam, mas, mesmo pedindo com urgência, não irão conseguir fazer com que os sapatos cheguem no tempo estipulado por mim.
Terça-feira
O meu início de uma semana de trabalho – a última antes de estar 3 semanas de férias.
Depois de 3 meses nesta empresa, eu já não devia ficar stressada pelas coisas serem lentas e ter de esperar séculos à espera do que quer que seja.
Depois do horário laboral, eis-me numa nova batalha: à procura de sapatos para o casamento, parte 1500!
Penoso, mas consegui. Não me alegram a vista, é certo, mas, pelo menos, não vou descalça.
Quarta-feira
Idem idem; aspas aspas.
De facto, os astros entrarem em conspiração contra mim. Isto está a ser realmente uma semana muito complicada de se aturar.
E as burocracias deste país, senhores?
O país no fundo do posso, pessoas a quererem abrir negócios para ajudar, de alguma forma, a melhorar a economia, e as burocracias são mais do que as mães.
18h00 – hora de encerrar o computador (pelo menos hoje)!
Sair a correr para ir buscar o vestido de noiva.
Chegar à loja esbaforida e ver que me esqueci do talão da compra e que, sem ele, não posso levantar porra nenhuma.
Ligar ao “husband to be” para me vir trazer o talão … nada de extraordinário, visto que ele me iria buscar na mesma.
Uma coisa positiva? O vestido está perfeito! Finalmente!
O dia ainda não terminou. Este vai ser particularmente longo.
Chegar a casa e sair logo de seguida. Temos de ir à sapataria pedir o reembolso.
Chegamos e ficamos 45 minutos à espera de ter o dinheiro na mão. Ao que parece, o sistema (o maldito sistema) dizia que eu tinha sido reembolsada.
O bom desta situação foi que o funcionário era o mesmo, senão estava lixada com f grande.
Estou mesmo a ver a situação:
- Se o sistema diz, é porque foi reembolsada!
Quinta-feira
Já só faltam dois dias … já só faltam dois dias … já só faltam dois dias.
Este tem sido o meu mantra nos últimos tempos, tal não é a vontade de apanhar um avião.
Respira fundo, Paula. Está quase a terminar!
Digo sempre que o telemóvel foi uma das invenções que, para mim, nem me aquece, nem me arrefece. O meu serve, na maior parte das vezes, como despertador e pouco mais do que isto. Hoje, ao contrário de sempre, pareço uma pessoa deveras importante, já que o bicho ainda não parou de trabalhar e eu detesto interromper o meu trabalho para resolver questões pessoais.
Quem não gostou nada das minhas constantes saídas à rua para poder falar melhor ao telemóvel foi o chefão.
E o telefone toca por tudo e por nada! É o facto de estar a uma semana do casamento e ver que ainda há tanto para ser feito!
Casamento à parte, sabem quem me mandou uma mensagem? A Aldo!
“Bom dia! É só para informar que a sua encomenda já chegou. Pode vir buscar quando quiser. Obrigada. Aldo Loures.”
Oi? Como disse? Não estou a perceber! Pode repetir?
É claro que, depois de tudo o que passei com estes fulanos, a minha resposta não foi nada agradável e, de imediato, ligaram-me para ver o que se estava a passar.
Lá tive de contar a história da carochinha mais uma vez!!!
Sabem o que se passou?
Ao que parece, foi feito o tal pedido de urgência e nenhuma alminha soube dizer-me isto.
O que vou fazer? Ficar com os sapatos ou mandar a Aldo e os meus meninos às urtigas?
Fora isto, o dia até que está a ser pacífico, com excepção de um mau humor que paira no ar.
Sexta-feira
Último dia antes de me ausentar por 3 semanas - o período mais longo de férias que tive desde que comecei a ser uma rapariga trabalhadora.
Diz que é sexta-feira, 13 - dia de azar! Oh pá! Para quem teve uma semana de merda, um dia de azar é "peanuts".
E, lá está, a semana continua a ser péssima mas, apesar da má energia, eu tento respirar fundo e manter-me positiva, para ver se a coisa melhora.
E em 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 … férias!
Amanhã rumo à santa terrinha para umas semaninhas de sopas e descanso. Cuscou mas chegou. Estou tão cansada mentalmente que nem sei a quantas ando...
Os astros conspiraram contra mim ou não?
Oh pá! Vão chatear o Camões, mas é!