"O Nicolau Breyner morreu."
Foi assim com essa curta mas forte frase que uma colega de trabalho que alertou via skype do que se estava a passar. Não acreditei e perguntei onde tinha lido a notícia. Teria sido naqueles site manhosos que adoram inventar mortes de pessoas conhecidas ou tinha sido num site que podemos acreditar? Infelizmente, a notícia era partilhada em vários jornais com edições online. O nosso Nicolau Breyner tinha mesmo falecido e, por mais estranho que muitos possam pensar, foi verdadeira a tristeza que senti quando verifiquei que ele já não estava entre nós. Ele fez parte do nosso crescimento com os seus mais de cinquenta anos de carreira e nunca estamos preparados para o desaparecimento daqueles que vimos durante toda a nossa vida. É assim com o Nicolau Breyner e será assim com muitos outros que me recuso nomear que é para não ser mau presságio.
Hoje, não foi apenas o cinema, o teatro e a televisão que ficaram mais pobres com o desaparecimento físico desse grande senhor; hoje, o país está mais pobre e triste, choroso como se um grande amigo e companheiro tivesse desaparecido. Hoje, o país está preso ao ecrã dos vários canais para recordar o actor, o realizar, o amigo, o homem. Hoje, o país chora porque nunca estamos preparados para perder alguém assim ... sem aviso.
Nico, permita-me que o trate assim, quero dizer-lhe para ficar descansado e que aquilo que queria que o mundo dissesse quando morresse está a acontecer. Nós gostamos mesmo muito de si.
Obrigada por tudo, eterno senhor Contente.