Amor, leva-me a ver o mar
Deixei a Ilha em Setembro de 2006. Com um bilhete sem regresso, parti do berço e rumei ao continente em busca de sonhos mais altos que, à época, eram impossíveis por lá.
Os meus primeiros tempos por cá foram de descoberta da cidade que adoptei e que me adoptou e de procura de emprego que, à época, era coisa fácil. Em menos de 1 mês estava empregada na minha área de sempre, mas não a área de formação. Reiniciei a minha carreira e começou a rotina casa-trabalho-casa.
Meses depois de estar cá e sempre nesta lufa-lufa profissional, pedi ao namorado e agora marido que me levasse a ver o mar. Tinha saudades do seu cheiro e de o ouvir.
Era fim-de-semana e estávamos os dois em casa. Ele levou-me até Cascais e lembro-me de ter ficado tão desapontada quando chegamos ao destino.
O mar não tinha o mesmo azul e o mar não cheirava a mar.
Precisava de ver o meu mar para me sentir verdadeiramente preenchida e é por este motivo que, sempre que volto à Ilha, o mar é o que procuro depois de estar com a família. É sentada junto a ele que me renovo e busco forças; é a olhar para ele que reflito; é a ouvi-lo que me acalmo.
Hoje, a Diana Rocha publicou na sua página pessoal de Facebook estas 3 fotos e, depois de me ter teletransportado telepaticamente para a Ilha, pedi a sua autorização para utilizar as fotos aqui no blogue.
Este azul é demasiadamente profundo e intenso para não ser partilhado.
Meus Açores, meus amores.