Surda como uma porta | A saga continua
Há uma semana que estou surda. O antibiótico já terminou e os pingos que administrei religiosamente durante 5 dias nos meus ricos ouvidinhos também já terminaram.
Por esta altura, pensava eu, já estaria com a minha audição em pleno, mas, até ao momento, continuo mais surda do que uma porta.
A bem da verdade, o ouvido direito já está operacional; o esquerdo, contudo, continua como se estivesse entupido de água.
Moral da estória?
Não ouço um boi. Estou cansada de pedir que repitam tudo e depois parece que fazem de propósito e falam baixinho. Eu, infelizmente, ainda não consigo ler pelos lábios e, assim, dou por mim, a rir quando a outra pessoa ri e a ficar séria quando a outra pessoa fica séria.
Em casa a coisa até que vai indo … Peço ao marido para falar mais alto ou então para falar para o ouvido bom e a coisa vai-se compondo; no trabalho é que são elas … Dou por mim a ser chamada à atenção que estou a falar demasiado alto quando falo ao telefone, impedindo com que as outras pessoas que estão à minha volta consigam trabalhar. Conclusão a este comentário? Entro muda e saio calada e só falo em caso de extrema urgência.