Ainda existem pessoas honestas no mundo
Ontem, deixei o petiz em casa com o pai e fui dar uma volta ao shopping aqui da zona. Precisava de um banho de loja, mas, como tem sido ultimamente, as compras feitas são, maioritariamente, para o herdeiro e nunca ou quase nunca trago algo para mim.
No final das compras, comecei a sentir um ratinho no estômago. Podia ir para casa e lanchar por lá ou podia lanchar no shopping e ter aos uns minutos para mim. Optei pela segunda.
Depois da pança estar cheia, voltei para casa. Já estava ausente há cerca de 2 horas é, tendo em consideração a hora, o herdeiro já devia estar a dar mais uns cabelos brancos ao pai.
Cheguei a casa e, tal como previsto, o homem já não se aguentava dos nervos e tinha posto o miúdo no carrinho para conseguir fazer alguma coisa no computador.
Atirei os sacos para longe e fui salvar a situação. Saí com o miúdo por meia hora e, remédio santo, adormeceu pelo caminho e, assim voltei para casa.
Ao chegar a casa e aproveitando o sono dos justos, aproveitei para tirar as compras dos sacos e retirar etiquetas, para depois lavar as peças e é neste momento que dou pela falta de um dos sacos - o da primeira loja que entrei. Fiquei como uma barata tonta. Nunca tal me tinha acontecido. O saco só podia estar dentro de outro, já que era mais pequeno. Tira saco, põe saco e nada do saco aparecer. Tinha que admitir: tinha perdido o saco e só podia ter sido no shopping.
Liguei para o balcão das informações, dei a descrição dos artigos e o nome da loja e lá me informaram que tinham deixar o a saco na secção dos perdidos e achados. Respirei fundo e lá fui eu reaver os meus pertences. Não era nada de extraordinário ou dispendioso, mas eram artigos que tinha comprado para o herdeiro e tinha ficado com o coração partido caso os tivesse perdido e, por conseguinte, ter de os comprar novamente.
Houve uma alma caridoso que encontrou o saco perdido no meio da área de restauração do shopping, abriu o saco e viu que continha artigos para um bebé e, como ninguém quer ver um bebé ou a mãe do bebé triste, esta sob a caridosa entregou o saco a um segurança e, com isso, fez uma mãe suspirar de alívio e acreditar que, mesmo no meio do caos que está este mundo e as pessoas, ainda é possível encontrar pessoas honestas.
Obrigada, a ti, quem quer que sejas, por me teres feito acreditar novamente na honestidade.