A escolinha
O dia começou às 8 da manhã. Fomos acordados pelos respectivos despertadores que informavam, de forma estridente, que já eram horas de sair da cama. A noite tinha sido razoável, mas o cansaço já está entranhado na pele e custa acordar. Ainda nos deixamos ficar por mais três minutos na cama, mas sabíamos que tínhamos de ser céleres nessa manhã tão importante para a nossa pequena família: o nosso pequenino ia começar a adaptação ao infantário.
A pressão de chegar a horas ao trabalho e deixar um bebé no infantário era, até hoje, novidade para nós e, talvez por ser o primeiro dia, acordámos num stress matinal que só nos apetecia gritar um com o outro. Mas, depois de deixar o herdeiro com os amiguinhos, verificámos que não havia necessidade para tanto alarido. Tudo é possível ser feito sem stresses. O miúdo ainda é pequenino e não dá assim tanto trabalho prepará-lo para a escolinha.
Deixámo-lo no infantário um pouco antes das 9. Ele saiu do meu colo para o colo da educadora e o desnaturado nem olhou para trás. Olhava atentamente a tudo à volta e lá ficou, depois de um beijinho do papá e da mamã que saíram de lá com o coração apertadinho, mesmo sabendo que ele estaria bem entregue.
Hoje, por ser o primeiro dia, a adaptação foi de apenas 2 horas e, ao que parece, o nosso petiz portou-se muito bem. Não chorou. Dormiu uma meia hora (o coitadinho tinha sido arrancado da cama) e brincou. Não fez grande festa quando viu o pai, o que nos faz pensar que ele vai adaptar-se lindamente a essa nova realidade.
Vamos ver como corre essa primeira semana e comparar quando ele estiver o dia inteiro longe de nós.
Dia após dia sinto-me cada vez mais orgulhosa daquele pequenino.