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The Nameless Blog

Já foi “Som das Letras” e um narcisista “Blogue da Paula”. Foi um prolongamento da eterna ínsula, tendo sido denominado como “Ilha Paula”. Hoje, é um blogue sem nome para que seja aquilo que sempre foi: um blogue sobre tudo e nada.

The Nameless Blog

Já foi “Som das Letras” e um narcisista “Blogue da Paula”. Foi um prolongamento da eterna ínsula, tendo sido denominado como “Ilha Paula”. Hoje, é um blogue sem nome para que seja aquilo que sempre foi: um blogue sobre tudo e nada.

O regresso ao trabalho

Ter retomado as minhas funções profissionais numa sexta-feira foi o melhor que me poderia ter acontecido. O dia correu rápido e foi passado, basicamente, a apagar e organizar os quase 5 mil emails que entraram na minha caixa de correio durante a minha ausência: muita promoção, muitos Stop Sales (incrível a quantidade de datas fechadas para vendas já para 2017), muitas comunicações. Rapidamente chegou a hora de correr para casa e apertar o herdeiro.

 

Pensava que o primeiro dia ia ser mais doloroso e que ia estar constantemente a pensar nele e a ligar para casa de cinco em cinco minutos. Contive-me e só liguei 3 vezes, numa ausência de 6 horas. Não foi mau de todo, pois não?

Pensava que ia estar toda chorona por não estar com o meu menino, mas estive bem. Mal dei pelo tempo passar ... o que é bom, tendo em consideração a longa ausência!

Pensava que ele ia fazer a vida negra ao pai e que ia estranhar a minha ausência, mas não. Portou-se lindamente e quase não deu trabalho nenhum. Isso ele guarda para a noite, quando queremos dormir e ele quer estar na converseta. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A queimar os últimos cartuchos

E assim se passaram 5 meses.

A bem da verdade, os 5 meses só serão comemorados a 24 de Outubro, mas hoje é o meu último dia de licença de maternidade, logo hoje é o dia D!

 

Se me sinto preparada para regressar ao trabalho? Sim.

Adoro o que faço e vai ser bom regressar ao activo e ter outras conversas e raciocínios para além de fraldas, sopinhas, cocós, roupinhas e outros inhos relacionados com bebés.

 

Se me sinto preparada para deixar de estar 24 horas com o Francisco? Não. 

Apesar das noites mal dormidas, das noites dormidas toda torta no sofá, das cólicas (que estão a desaparecer, graças a todos os santinhos), apesar dos choros e do desespero em tentar interpretá-los, das birras e manhas, trocaria tudo para reviver esses 5 meses novamente e estar sempre com ele. Os sorrisos, as gargalhadas, as brincadeiras, o palrar, a língua de fora, as descobertas que fazes todos os dias, tudo isso compensa o cansaço que sinto no final do dia.

 

Deixar um bebé de 5 meses ao cuidado de outros é de uma monstruosidade atroz. Eu, no entanto, ainda tenho 1 mês de descanso, já que o herdeiro ficará ao cuidado de senhor seu pai por esse período (Marido, tem calma! Filho, sê bonzinho!) e posso prolongar os meus receios por mais algum tempo.

 

Como dizia ... 5 ou 6 meses é muito pouco tempo para deixar um bebé ao cuidado de uma ama, educadora ou até de uma avó. Deveria ser lei que a presença dos pais todo obrigatória no primeiro ano de vida do bebé. Estares presente quando ele começar a engatinhar, quando disser a sua primeira palavra, os seus primeiros passos, os primeiros dentinhos. Deveria ser lei, mas não é. Terás de deixar a tua cria a ser cuidado por outros, terás de trabalhar para pagar as contas, chegarás cansada a casa e terás umas horas mínimas para desfrutar o teu bebé. Eles ir ao crescer demasiado rápido e tu só estarás presente umas mínimas horas. Não és rica, não tens pais ricos e não tens conta no BES (felizmente), logo terás de deixar o teu rebento nos braços de outros e continuar com a tua vida.

 

Se eu gostaria de fazer uma simbiose entre a Paula profissional e a Paula mãe? Sim.

Daria tudo para ficar contigo mais tempo, meu filho! Até, talvez, abdicar da Paula profissional e ser exclusivamente a Paula mãe e dedicar todas as horas do meu dia a ti. Ver-te crescer, sorrir, falar, andar, chorar, dormir, comer. Estar contigo sempre!

 

A surpresa do dia: o Nobel da Literatura

A academia trocou as voltas às livrarias desse meu mundo que já tinham em stock os títulos dos nomeados à categoria, apenas à espera de saberem o nome do vencedor, limparem o pó às capas e embelezar as montras à espera que os leitores entrassem portas dentro para comprar em os livros do vencedor, já que fica sempre bem dizer que se leu um Nobel da Literatura.

 

Pela primeira vez, o Prémio Nobel da Literatura foi atribuído a um músico. Surprise! Surprise!

 

Gostos à parte, confesso que por essa não esperava, mas pensando bem, não é assim tão surpreendente, tendo em consideração que os prémios Nobel são, maioritariamente, políticos.

 

Se partirmos dessa premissa, não estou surpreendida que o músico norte-americano, com letras activistas, seja o vencedor no ano em que as eleições dos Estados Unidos da América estão ao rubro (já agora que falo no assunto ... aquilo já terminava, não? Já ninguém aguentava campanhas, debates, bate-bocas, machismos e um lavar de roupa suja constante). Mas, sendo eu uma old fashion person, não gosto de misturar alhos com bugalhos e não poderia deixar de ficar surpreendida com um músico, compositor ... poeta, vá, ser o vencedor deste ano.

 

Os tempos estão a mudar?