A primeira noite a dois
Quatro meses depois do Francisco fazer parte das nossas vidas, passamos a primeira noite sozinhos. O pai da criança, que trabalha por turnos, deixou -nos pelas 23 horas para o início de um turno de trabalho que tinha sido abolido da empresa e que agora voltou.
Foi a primeira noite que passamos sozinhos, sem a presença paterna, desde o seu nascimento e confesso que estava apreensiva.
As únicas noites que tínhamos passado a dois tinham sido somente na maternidade e sempre com a presença dos enfermeiros, prontos a intervir sempre que fosse necessário.
Os primeiros minutos no quarto foram passados com ele a dormir e eu a andar de um lado para o outro na cama, em estado de alerta para qualquer ruído invulgar, mas o sono venceu-me e, ao contrário da noite do seu nascimento, adormeci profundamente até que ele pedisse comida, o que aconteceu pelas 4 da manhã. A essa hora mamou, fez biberão, arrotou e adormeceu até às 8h30, hora em que voltou a pedir comida prontamente providenciada por senhora sua mãe. Adormeceu novamente e, talvez sabendo que a mãe tem tantas horas de sono para recuperar, deixou-me dormir até perto do meio-dia, hora em que acordei em sobressalto e fui ao berço certificar-me que ele estava bem, de tão quieto que estava.
Rico filho! A noite foi tão calma que nem dei pela chegada do pai.
Que venham mais noites dessas, meu anjo!