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The Nameless Blog

Já foi “Som das Letras” e um narcisista “Blogue da Paula”. Foi um prolongamento da eterna ínsula, tendo sido denominado como “Ilha Paula”. Hoje, é um blogue sem nome para que seja aquilo que sempre foi: um blogue sobre tudo e nada.

The Nameless Blog

Já foi “Som das Letras” e um narcisista “Blogue da Paula”. Foi um prolongamento da eterna ínsula, tendo sido denominado como “Ilha Paula”. Hoje, é um blogue sem nome para que seja aquilo que sempre foi: um blogue sobre tudo e nada.

Um tempo só para mim

Por mais que eu adore estar com o meu bebé, 24 horas sob 24 horas torna-se cansativo e necessito de um momento só para mim, para fazer o que mais gosto, mesmo que seja apenas para pensar na morte da bezerra. 

 

Desde o início da minha licença de maternidade, que está quase a terminar (vou ali cortar os pulsos e já volto), que tento ter esse momento MEU. É certo que no primeiro mês não consegui sair, tal não era a vontade do puto ir à mama, mas, desde que introduzi o leite adaptado, faço questão de tirar umas horitas para me mimar.

 

A última foi ontem. Pedi ao pai da criança para ficar com o miúdo pois precisava de ver gente, ver montras, saber quais as novidades de estão nas estantes das livrarias, tomar um café sentada e sem pressas, ver gente, sair do mundo dos bebés por uns momentos.

 

Assim foi. O pai da criança lá ficou com a dita e eu, sorrateiramente, corri porta fora antes que o miúdo se lembrasse de chorar.

Não fui para longe. Fui apenas ao Shopping da zona e, desde o momento que entrei no Shopping até ao momento que regressei a casa, passaram 1h30! Não consegui desligar-me de casa, tal não era a pressão psicológica de saber que o miúdo poderia precisar de mim e que o pai estava a começar a chocar uma constipação ou alergia ou o raio que o parta (vocês sabem como ficam os homens quando estão "doentes", não sabem?). Aquela hora e meia que, supostamente era só para mim, foi dedicada ao herdeiro, já que tudo o que procurei e comprei foi para ele.

 

Ah! A maternidade!

 

Hora e meia depois, entrei em casa esbaforida, mais stressada do que que sai, mas com uma vontade louca de apertar aquele pequeno ser que abre a cara num sorriso tão puro sempre que me vê.

 

 

A primeira noite a dois

Quatro meses depois do Francisco fazer parte das nossas vidas, passamos a primeira noite sozinhos. O pai da criança, que trabalha por turnos, deixou -nos pelas 23 horas para o início de um turno de trabalho que tinha sido abolido da empresa e que agora voltou.

 

Foi a primeira noite que passamos sozinhos, sem a presença paterna, desde o seu nascimento e confesso que estava apreensiva.

As únicas noites que tínhamos passado a dois tinham sido somente na maternidade e sempre com a presença dos enfermeiros, prontos a intervir sempre que fosse necessário.

 

Os primeiros minutos no quarto foram passados com ele a dormir e eu a andar de um lado para o outro na cama, em estado de alerta para qualquer ruído invulgar, mas o sono venceu-me e, ao contrário da noite do seu nascimento, adormeci profundamente até que ele pedisse comida, o que aconteceu pelas 4 da manhã. A essa hora mamou, fez biberão, arrotou e adormeceu até às 8h30, hora em que voltou a pedir comida prontamente providenciada por senhora sua mãe. Adormeceu novamente e, talvez sabendo que a mãe tem tantas horas de sono para recuperar, deixou-me dormir até perto do meio-dia, hora em que acordei em sobressalto e fui ao berço certificar-me que ele estava bem, de tão quieto que estava.

 

Rico filho! A noite foi tão calma que nem dei pela chegada do pai.

 

Que venham mais noites dessas, meu anjo!

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