Sons alheios
Sabem aquelas pessoas que são tão queridas, mas tão queridas, que partilham tudo o que têm, inclusive as músicas que constam dos seus telemóveis, i-pdas, i-phones e afins, em sítios públicos?
Pois. É mesmo para estas pessoas que escrevo hoje.
Pessoas, por favor!
Ninguém está interessado em ouvir os batuques psicadélicos que vocês dizem ser música. É bastante inconveniente para a pessoa que está ao vosso lado e que teima em querer concentrar-se no calhamaço que tem para ler e que está parada na mesma linha há mais de meia-hora numa tentativa vã de conseguir construir mentalmente a frase que tem à sua frente, quase como se tivesse regressado aos bancos da escola e às primeiras aulas da sua vida. Mesmo que estivessem a ouvir a melhor música do mundo, os outros seres que partilham naquele momento o mesmo espaço que vós só querem uma coisa: silêncio. Há dias e momentos na vida que o silêncio é, de facto, o melhor som que pode existir à face da terra.
Diz que há um objecto no mercado que se chama auscultadores ou, para os mais poliglotas – phones, e que até alguns são bastante económicos. Que tal investirem na compra de uns, hum?!?
Abrejos,
Eu.