Furnas
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"Escrever é tentar dar uma forma ao acaso. E dar uma forma à vida.
A vida, em si, de facto, não tem forma nenhuma. É como um frango em gelatina.
Qual a lógica entre as coisas? Realmente não há. Somos nós que procuramos a lógica entre um segmento e outro da vida. A minha biblioteca é feita dos livros que encontrei, dos amigos que fiz, dos livros que me mandaram ... É o acaso. Um pouco como a vida."
Antonio Tabucchi, in Revista Ler - Livros & Leitores n.º 79, Abril de 2009
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós
Letra: José Niza
Música: José Calvário