A Noite dos Prodígios e outras histórias, Carlos Tomé
Estou feliz!
Hoje ao chegar a casa estava um envelope endereçado a mim cujo remetende era o Carlos Tomé - um escritor açoriano que descobriu o meu blog quando estava a fazer uma pesquisa na net acerca do seu último romance Morremos Amanhã.
O sr Carlos Tomé deu-me a honra de receber um mail dele a agradecer o que tinha escrito sobre ele, prometendo enviar-me um exemplar de outro romance dele, autografado.
Não vejo a hora de começar a ler!
Como a literatura açorena não é tão divulgada aqui no continente, como deveria de ser, tentarei, dentro das minhas possibilidades, tentar fazer deste blog uma divulgação da boa literatura que escreve naquelas ilhas.
O sr Carlos Tomé já teve honras de aparecer citado na revista Os Meus Livros (n.º 61, ano 6, Março 2008), num artigo acerca das obras literárias que falam da guerra do Ultramar - um tema que, cada vez mais, está a ser divulgado por grandes nomes da literatura.
Neste artigo podemos ler: "Dos fantasmas de quem voltou, fala (...) o açoreano Carlos Tomé, no seu romance Morreremos Amanhã (Artes e Letras). O protagonista deste livro é um continental que vai aos Açores onde encontra um antigo camarada da guerra micaelense. Os dois conversam sobre o passado, abrindo uma porta a memórias que até então tinham permanecido submersas, proibidas.".
Lamento dizer que a Os Meus Livros errou!
Se quisermos fazer um resumo do Morremos Amanhã, o acima tranascrito não será o mais correcto.
O protagonista é um continental que volta aos Açores após quase 30 anos depois de regressar da guerra, por motivos profissionais e esta viagem faz com que se recorde do tempo passado em guerra, dos seus companheiros, das aventuras mas, principalmente de Rui - um açoreano, camarada de guerra, que morreu numa das muitas mortes estúpidas de guerra. No bolso Tozé (o protagonista) guardou uma carta que lhe queimava o bolso mas, agora nos Açores, esta carta deveria finalmente chegar aos mãos de quem por direito.
Morremos Amanhã é dedicado a "quantos se viram em África, perdidos de si próprios, de armas nas mãos."
Proponho a lerem o meu post de 26 de Novembro de 2007. Foi este post que me fez receber um livro