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The Nameless Blog

Já foi “Som das Letras” e um narcisista “Blogue da Paula”. Foi um prolongamento da eterna ínsula, tendo sido denominado como “Ilha Paula”. Hoje, é um blogue sem nome para que seja aquilo que sempre foi: um blogue sobre tudo e nada.

The Nameless Blog

Já foi “Som das Letras” e um narcisista “Blogue da Paula”. Foi um prolongamento da eterna ínsula, tendo sido denominado como “Ilha Paula”. Hoje, é um blogue sem nome para que seja aquilo que sempre foi: um blogue sobre tudo e nada.

Um mês de Francisco

Olá, eu sou o Francisco e hoje comemoro o meu primeiro mês.

Nasci ainda antes do primeiro quarto de hora de 24 de Maio, mais precisamente às 00h14, depois de uma ida às urgências dos papás que, por serem tão incultos na exigente ciência de criar bebés, acharam que iam ali às urgências por uns minutos e que voltariam para casa ainda como 2 e não levaram a mala que a mamã conseguiu preparar naquela semana.

 

A mamã foi observada e, surpresa, surpresa, eu estava a chegar! A mamã nem teve tempo de ficar nervosa e foi à sala de espera informar o papá que eu ia nascer nessa noite e que seria melhor ir buscar a minha mala e a mala da mamã (a sorte que eles têm da nossa casa ser muito próxima do hospital). Enquanto o papá foi a casa, a mamã entrou na sala de cirurgias. Eu estava sentado e, por esse motivo, tiveram de fazer um corte na barriga da mamã para que eu viesse ao mundo. A mãe diz que teve, literalmente, uma hora pequenina e que foi o tempo do pai ir a casa e voltar para eu nascer.

 

A primeira vez que abri os olhos foi quando me colocaram junto ao peito da minha mamã e ela disse o meu nome: Francisco. Aquela voz era-me bastante familiar, ouvi-a durante uns quantos meses e é uma voz doce e reconfortante. Acho que nos vamos dar muito bem! Depois, levaram-nos para uma sala escura para que a mamã pudesse descansar e eu passei as primeiras horas da minha existência agarradinho a ela, enquanto ela me alimentava (acho que estou a ficar viciado nessa fonte de a alimento!!!).

 

O papá conseguiu ver-me ainda nessa noite. Disse-me olá, deu-me um beijinho e agarrou na minha mão. Beijou a mãe, perguntou se estava tudo bem e ficou preocupado porque ele tremia muito, como se tivesse muito frio, mas, apesar de toda a preocupação e vontade de ficar connosco, teve de regressar a casa e deixar-nos a descansar o resto da noite.

 

A mamã, nessa noite, não dormiu .

Eu dormi como um anjinho! Foram demasiadas emoções para o pequenino como eu! Mas sei que ela não parou de me observar, como se tivesse receio de fechar os olhos, acordar e ver que tudo não tinha passado de um sonho e que eu ainda não estava junto a ela e que apenas chegaria no dia que estava previamente previsto. Não, não era mentira. Eu estava mesmo com ela.

 

Hoje faço um mês e tenho dado algumas noites complicadas aos papás. Eu não faço por mal. Chorar é a minha maneira de dizer a eles que quero comer, que tenho a fralda suja, que tenho sono, que quero colinho e miminhos ou que quero companhia. Eles são novos nessas andanças e, por vezes, não sabem o que fazer e pensam que não estão a fazer um bom trabalho e que não têm jeito para criar um bebé.

 

Eu queria muito poder dizer que não vale a pena desesperarem e que estão a fazer um excelente trabalho. Eu sou um menino saudável, estou a crescer bem, estou bem alimentado e adoro os dois de uma maneira inexplicável.

São Joao rules

No que a Santos Populares dos respeito, eu faço parte da equipa de São João, apesar de, geograficamente, estar mais próxima de localidades que festejam Santo António. Sem martelinhos, nem alhos porros, grande parte da minha vida foi a festejar a noite de São João com o saltar da fogueira (eu só via porque nunca tive coragem de desafiar as labaredas por vezes altas); com a procura de um caracol que largasse bastante baba, colocá-lo sob um pano preto, tapá-lo com um alguidar (para, na minha terra), deixar que a noite passasse para que na manhã do dia de São João víssemos se o rasto deixado era alguma inicial de algum nome, cruzando os dedos para que fosse a inicial do rapaz que tínhamos debaixo de olho; percorrer as ruas da freguesia para ver qual a fogueira mais alta. Mais tarde, já na fase mais adulta da minha vida, rumar a Vila Franca do Campo para ver as marchas, comer sardinha assada no pão, acompanhada com um copo de vinho tinto ou vinho de cheiro (exclusivo da Ilha) e saltar de praça em praça até que o do nascesse. Eu faço parte da equipa São João, mas sou como diz a popular melodia: viva a Santo António, viva a São João, viva ao 10 de Junho e à Restauração. Viva até a São Pedro, se nos arranjar muitos feriados para festejar. A malta quer é festa, no matter o santo que dê a pinga e a comidinha :-)

Picos de crescimento, stress de nascimento e outras manhas

Quase um mês depois do nascimento do nosso Francisco ainda é impossível retomar a rotina de me sentar ao computador e poder escrever como pretendia e pensava ser possível antes do nascimento do puto. Se fosse apenas o facto de não conseguir estar no computador, até que seria alguma coisa normal, mas o "mal" é que não tenho tempo para nada a não ser uma fugidas de 5 minutos para ir tomar café ai quiosque ao lado de casa. Não consigo aspirar a casa, fazer comida, lavar loiça ou roupa porque o miúdo exige a minha atenção constantemente. Valha -me o meu marido, uma jóia de moço que anda disfarçado de gata borralheira e faz tudo em casa enquanto eu me fantasio de vaca leiteira para alimentar o herdeiro. Dizem que as crianças têm picos de crescimento e que, muitos deles, nascem stressados ou ficam stressados devido ao nascimento e que, tanto numa altura como noutra, o porto de abrigo é a mama da mãe. Eu compreendo isso tudo, mas é preciso uma paciência de santo para conseguir aguentar esse ritmo. Só para terem uma ideia, na passada sexta-feira o miúdo este na mama durante 8 horas, apenas formatando uns meros 10 ou 15 minutos. Foram 4 dias num ritmo similar a esse dia e é lógico que, por mais paciente que se seja, 4 dias assim é muita fruta. O corpo exige descanso, mas não podes dar porque a tua cria pede o seu alimento. Enquanto tiver o marido em casa, a coisa vai-se fazendo, mas como vai ser quando a licença terminar e ele voltar ao trabalho? Mães que passarem por aqui, por favor deixem os vossos conselhos! Tenho lido 1001 fóruns e tenho aplicar todas as dicas com ele, mas a coisa nem sempre funciona e desespero só de pensar que os próximos meses vão ser todos assim. Mães bloggers que escrevem que conseguem ir ao cabeleireiro e ao ginásio, qual o vosso segredo? Amamentam em exclusivo ou utilizam suplemento alimentar para que a criança vos dê mais algumas horas de descanso? Suplemento alimentar, sim ou não? Adequado a um bebé de quase 1 mês ou não?

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